Às vezes eu olho pro nada e penso em tudo. E sinto falta de quando tudo era muito mais simples, de quando tudo era muito menos complicado.
Às vezes eu olho pro nada e penso em tudo. E imagino minha vida como num filme, e imagino que aquela música que ecoa no fone de ouvido é a trilha sonora, o mundo passando pela janela do ônibus enquanto a mocinha trilha um novo rumo,  um novo caminho, um novo começo.




                                           


Hoje eu só queria poder ligar pra você e ouvir sua voz engraçada e meio bêbada me dizendo que tudo ia ficar bem, que ele nem era tudo isso, e que se não era tudo isso nem tinha por que eu ficar desse jeito, e que eu merecia coisa melhor e que não era mais pra eu me envolver com pessoas que me deixavam assim, eu só queria ouvir sua voz, meio bêbada, me dizendo que tem umas vodkas na sua casa e que poderíamos ficar bêbados jogando vídeo game e quem sabe no final da noite fazer um sexo e esquecer tudo. Hoje eu aceitaria o sexo e a vodka e sua voz meio bêbada deixando tudo mais leve e mais calmo. Mas você não está aqui, e nem sua voz, e nem as vodkas, e eu ainda sinto o vazio e o buraco preenchendo tudo aqui dentro por que eu, mais uma vez, me decepciono e quebro a cara com tudo.
Incrível como eu coloco intensidade demais onde não tem nada, será que é masoquismo? Será que é falta de sentimentos a tal ponto que um pouquinho de dor,  por mais banal que seja, ainda é melhor do que não sentir nada?
Hoje eu só queria poder te ligar, ou mandar uma mensagem dizendo o quanto você fez falta enquanto eu estava aqui chorando por causa de outro, eu queria... Mas não o fiz, ainda estou controlando meu eu lírico que grita desesperado dentro de mim que precisa de um pouquinho mais de amor pra viver, mas eu o ignoro, e viro mais um gole da sua vodka com fanta uva, afinal de contas, pra que preciso de amor se ainda tenho um fígado?
Hoje eu queria te ligar e ouvir sua voz, hoje eu queria um copo de rum, com coca e uma rodela de limão pra deixar tudo mais suave e entorpecido e poder xingar aquele filho da mãe depois de ouvir você me dizer que eu sou muito melhor do que tudo isso. Hoje eu queria você, seu abraço quentinho e seu peitoral macio e poder fechar os olhos pra dormir imaginando as ondas do mar enquanto rezo baixinho pra nao ter pesadelo por que descobri que no final de tudo, eu não sou nada.
Hoje eu queria... mas acabei sozinha encharcando meu travesseiro e pensando que é a ultima vez que desejo tanto ter você aqui e que choro por outro, e que deixo de trocar meu coração em pedaços maltrapilhos por uma garrafa de rum, afinal de contas, antes não sentir nada do que colocar tanta intensidade num copo vazio e rachado.

By: Lanah Black





"Primeiro uma explicação. Depois a ação. Após vários funerais, deixei de rezar publicamente, isto é, com voz de mega-fone, durante o acompanhamento do féretro até ao cemitério. Decidi assim, contra a minha vontade intelectual e espiritual, porque era dos poucos acompanhantes que rezava. Ao meu redor pelo menos. Ora, se assim acontecia, bem podia rezar no meu interior. Continuava a rezar





Preocupe-se mais com a sua consciência do que com sua reputação. Pois a sua consciência é o que você é, e a sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam, é problema deles.  ;)


Quando peço para você ouvir e você começa a me dar conselhos, não está fazendo o que eu pedi.
Quando peço para você me ouvir e você começa a me dizer por que eu não deveria me sentir assim, está ferindo meus sentimentos.
Quando peço para você me ouvir e você acha que precisa fazer alguma