''Sou lúcida na minha loucura, permanente na minha inconstância e constantemente inquieta na minha comodidade. Comodismo me irrita.
Pinto a realidade com sonhos e enxerto sonhos na vida real.
Eu sou a Alice no País da Realidade, por isso costumo sofrer.
Amo mais do que posso e por medo, sempre menos do que sou capaz.


Estou sempre atenta as pessoas e suas manias estranhas de tentarem parecer normais e iguais umas às outras.
Tenho desejos e fraquezas. Tenho meus silêncios, minhas sombras.
O tempo não me põe medo, mas sinto a perda das pessoas que se vão e das que nunca virão.
Não gosto de quem finge amar.
Sou sonhadora, chorona, sensível, temperamental, cheia de utopias e pieguices.
Dou risada quando não devo e fico de bico como uma criança mimada.
Não sou nem tudo, nem nada, sou meio termo.
Sou meio alegre, meio triste, meio melancólica, meio estranha, meio sem palavras, meio confusa, meio sem sentido, meio sem rumo.
Odeio metades. Principalmente as minhas.
Tenho momentos de loucura, rompantes de silêncio, ataques de riso e choro, delírios sonhadores, momentos de chatice, rompantes de ciúmes.
As vezes sou estúpida e filósofa.
Ah, sei ceder mas não raro sou excessivamente teimosa.
Não consigo guardar mágoa nem raiva. Por isso ninguém leva a sério minha cara de brava.
Quero acreditar que sonhar acordada não faz mal, que saudade não dói, que amar é pra sempre e que o pra sempre não acaba.
Quero que a mentira, a inveja e a maldade fiquem longe de mim, escondidas na vida. Torço pra que minha ingenuidade patológica não me dê rasteiras.
Odeio brigas. Odeio quando falam mal das pessoas que amo. Odeio discussões inúteis. Mas não odeio ninguém.
Não gosto de coisas amargas, não gosto de sofrimento, não gosto de despedidas, não gosto de lembranças cortantes.
Desconfio que eu possa ter sido tirada de um livro infantil. Desses de faz de conta.
Sei que aqui não é o meu lugar, mas devo estar aqui por algum motivo...



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