É claro que você já ouviu falar de "O diário de Bridget Jones" e com certeza já assistiu e morrer de rir com essa comédia romântica, certo?
Mas será que você sabia que esse filme é, antes de tudo, um livro?
Sim, o filme "O diário de Bridget Jones" foi inspirado no livro escrito por Helen Fielding e publicado originalmente  na década de 1990.



E se você, por um milagre terrestre, nunca ouviu falar no filme, sequer no livro, vou explicar um pouquinho sobre essa história que fará muitas mulheres se identificarem.

"O diário de Bridget Jones", como bem diz o titulo é um diário relatando a conturbada vida de Bridget
Jones, uma mulher de trinta e poucos anos, que trabalha numa editora, é apaixonada pelo chefe (que é um galã cafageste) e deseja desesperadamente emagrecer e parar de fumar.
E o livro, assim como o filme, vem mostrar as atrapalhadas loucuras que essa mulher é capaz de fazer enquanto tenta encontrar um namorado, emagrecer, ajudar os amigos e controlar sua louca vida.
Para ser honesta eu não me lembro de ter assistido esse filme do começo ao fim, se assisti foi em partes, quando pegava pela metade ou quase no final, mas resolvi ler porque pensei que talvez eu pudesse me identificar, afinal, não tenho trinta e poucos anos, mas estou quase lá e também tenho meus dilemas, além de parecer meio louca como a personagem, diga-se de passagem.

Se você não o leu e pretende ler, eu não recomendo ler esse post, pois pode conter spoiler, se bem que se você assistiu o filme, provavelmente nem precise se preocupar com isso.


O livro é escrito em primeira pessoa, narrado por Bridget, que na verdade conta ao seu diário os seus dias, ou quase todos, de uma maneira super bem humorada e franca.
Nada de "Querido diário", mas o dias de Bridget sempre começam apontando algumas coisas das quais ela pretende melhorar, como: peso, quantas doses de bebida alcoólica tomou, quantos cigarros fumou e quantas calorias consumiu.
Confesso que essas partes eu particularmente nem lia e já passava direto para o dia a dia dela que era bem mais interessante.
Apesar de ser em primeira pessoa, como se fosse mesmo um diário, não é uma leitura massante e consegui ler o livro de 300 páginas (Isso porque era uma versão de bolso) em praticamente três dias, o que considerando a preguiça que eu ando ultimamente, é uma coisa muito boa.


Tudo começa com as resoluções do ano, o que ela vai fazer e o que não vai fazer no ano que começa, e ai você já vai se identificando, como se fosse coisa da maioria das mulheres
"Esse ano eu vou emagrecer, começar academia, gastar menos, abrir uma poupança, ajudar os outros" e por ai vai,
O livro vai se passando de mês a mês no ano, durante um ano. E é um ano bem conturbado para Bridget.
Ela é apaixonada por seu chefe, finalmente consegue dormir com ele, tem um casinho enquanto ela pensa que é finalmente um namoro, até ela desconfiar que ele está com outra na casa dele e pegar de fato ele com outra, 
Enquanto tudo isso acontece, ela conhece Mark Darcy através de sua mãe e as amigas de família que conhecem um e conhecem outros e se unem nas festas de fim de ano e começo de ano e datas comemorativas e de inicio o acha um chato brega que nem mesmo sendo chato e brega se interessa por ela. Mas depois ela vem a descobrir que Mark na verdade é um grande advogado famoso e rico, mas que ainda assim continua não demonstrando nenhum pingo de interesse por ela enquanto ela paga vários micos sempre que ele está por perto.
No meio de tudo isso ainda, tem sua mãe que de repente descobre que não quer mais ser casada, se separa, arruma um namorado e vira apresentadora de TV.
Ainda tendo que ajudar os amigos com seus problemas amorosos, tentar emagrecer, tentar parar de fumar, arrumar outro emprego, pagar micos ao vivo na TV, tentar desastrosamente cozinhar, tentar impressionar, tentar mostrar aos outros que ela não é mais uma trintona solteirona e ouvir as pessoas perguntando sempre porque ela continua solteira.
É, a vida não é fácil pra ninguém, principalmente depois dos trinta.


Se você tem entre 15 a 25 anos, provavelmente não vá gostar do livro, porque obviamente não vai se identificar, pois o livro fala realmente de como é a vida, ou tenta chegar o mais perto disso, de uma mulher de trinta e poucos anos, então se você está quase nos trinta ou passou dos trinta e passa por alguns dilemas parecidos com os descritos acima, vai se identificar bastante com o livro, mas se você ainda estiver longe dos trinta, eu duvido muito que vá se identificar, claro que pode haver exceções, mas mulheres com menos de trinta anos normalmente não tem muitos problemas em arrumar namorados e aquela paranóia de "estou ficando velha e nem tenho um namorado e ninguém me ama, por que, por que, por que?"
Confesso que eu me identifiquei em alguns momentos da minha vida, e pensei que só eu pensasse assim... hm kkkkkkk
E apesar de ter me identificado em alguns momentos e achado minha vida até que meio parecida com a da Bridget, parece meio depressivo as vezes e paranoico, mas talvez toda mulher seja assim no fundo, as mulheres normais, pelo menos.


Alguns pontos que eu achei que podiam ser melhores:
Bridget é apaixonada por seu chefe, que na verdade é um canalha e a usa de uma maneira que só um canalha consegue fazer e quando ela percebe o quanto ele é canalha ela resolve esquecer ele.
Eu achei isso uma coisa da qual ela lidou fácil até demais perante a maioria das mulheres, apesar de dar chances demais para Daniel, das quais ele nem merecia, porque parece desde o começo que ele só está interessado nela sexualmente, pelas mensagens e tudo que ele fala, mas quando ela percebeu que ele tinha terminado com ela de vez e estava com outra, apesar dela narrar os dias horrendos que ela viveu, ela fala muito pouco no livro, e parece superar bem mais rápido do que eu, por exemplo, superaria.
E devo dizer que o amor dela por Mark no final, quando os dois ficam juntos, o que só acontece nas duas ultimas paginas do livro, foi um pouco estranho.
Passa-se a maior parte do livro sem Bridget saber o que sente ou acha sobre Mark, ele parece um cara mesmo rico, sofisticado e não parece sentir nada por Bridget, pois suas atitudes não demonstram isso nenhum pouco, mas de repente ele a convida para jantar e diz que ela é diferente das outras, o que realmente é verdade, Bridget, mesmo com todos os seus vexames, o que ela é mestre em fazer, é unica e tem seu próprio jeito, de mulher normal como todas nós, que não é rica e superficial.
Mas sem nada de romântico, Ele dá a entender que ajudou a mãe de Bridget, porque a ama, e eu achei meio forçado, como se a autora tivesse chego no final do livro e pensado: "Eu preciso terminar logo, vou fazer eles ficarem juntos e pronto, tá ótimo".
Foi um final meio seco demais, acho que no filme isso foi expresso melhor, o romance dela com Mark, eu espero, pois como disse, não assisti o filme.


Devo dizer que os atores escolhidos para o filme foram simplesmente perfeitos, pois são mesmo a 'cara' dos personagens no livro, garanto.

Enfim, Apesar de alguns poréns, o livro é narrado de uma maneira bem cômica e bem franca, o que eu não pude deixar de notar e por isso separei algumas frases destacadas do livro.

"-- Como vai a vida amorosa?
Ai Deus, por que as pessoas casadas não conseguem entender que essa não é mais uma pergunta educada a se fazer? Nós não chegaríamos para eles perguntando: "Como vai seu casamento? Continuam transando?"

"Ser jogada pra cima de um homem sem querer é humilhação."


"Por que sou tão pouco atraente? Por quê? Até um homem que usa meias com estampas de abelhinhas me acha horrível."


"Parece errado e injusto que primeiro você seja obrigado a aceitar o Natal, com todos os seus estressantes desafios emocionais e financeiros, e depois de repente ele acabe exatamente quando você estava começando a entrar na onda."


"É que existe uma geração inteira de garotas solteiras como eu, com renda e casa própria, que se divertem a beça e não precisam lavar as meias de ninguém. Nós ficaríamos muito felizes se pessoas como vocês não fizessem a gente se sentir idiota só porque têm inveja da vida que levamos."


"É como aquelas pessoas que, em vez de dizerem a verdade, inventam uma mentira para se desculpar, quando a verdade é melhor do que a mentira."


"Fui traumatizada por supermodelos e todo tipo de testes e sei que nem minha personalidade e nem meu corpo darão conta do recado se não forem bem trabalhados. Não aguento a tensão. Vou cancelar o encontro e passar a noite inteira comendo biscoitos numa camiseta suja de ovo."


"Posso garantir que nos dias de hoje não adianta beleza, comida, sexo ou sedução para conquistar o coração de um homem, mas sim a capacidade de parecer pouco interessada nele."


"Quando terei que admitir que mais um ano se passou, durante o qual todo mundo faturou centenas de milhares de libras, progrediu na vida, enquanto eu continuo sem rumo e sem namorado, mantendo relações desestruturadas e uma carreira empacada."


Sobre ter filhos:
"Acabaram-se as noites de papo com as garotas, as compras, a azaração, o sexo, as garrafas de vinho e os cigarros. Vou virar uma horrenda maquina de ordenha na qual ninguém vai achar graça e que não vai caber em nenhuma calça."


"O problema de namorar quando você fica mais velha é que tudo fica muito opressivo. Se você está sem companhia aos trinta anos, a chateação menor de não ter um namorado - não ter sexo, ninguém pra sair no domingo, chegar das festas sempre sozinha -  fica ligada á ideia paranoica de que você não tem namorado por causa da idade, ja teve o ultimo namorado e a ultima transa da sua vida e é tudo culpa sua, por ser tão agressiva ou tão teimosa e não ter sossegado o rabo quando era jovem."


"Quando você começa a pensar em envelhecimento, não tem jeito. A vida de repente fica parecida com as férias da metade em diante, os dias voam rumo ao ultimo dia."

"Mergulho em pensamentos mórbidos e cínicos a respeito de como um fim de caso envolve ego e orgulho feridos, mais do que a perda em si."


"Nenhum ex-namorado nosso deveria sair com outra mulher nem se casar, mas continuar solteiro até o fim de seus dias para nos dar apoio moral."


"Quando alguem nos abandona, além da saudade, além de acabar aquele mundinho que os dois criaram juntos e de tudo o que vemos ou fazemos nos lembrar dele, o pior é pensar que fomos testados e no fim tudo o que sobrou da gente ganha o carimbo REJEITADO pela pessoa que a gente ama.  Como não ficar me sentindo um sanduíche velho de rodoviária?"


"Antigamente diziam que, em vez de esperar grandes e arrebatadoras emoções na relação com os homens, devíamos 'esperar pouco e perdoar muito'."


Tão eu:
8:30 vou ficar em casa, descansar e passar um fim de semana saudável.
9:00 Ai Deus, estou tão deprimida. Todo mundo foi para Edimburgo, menos eu.


"Seria ótimo se o Natal apenas acontecesse, sem trocas de presentes. É uma coisa tão idiota, todo mundo se estressando, gastando rios de dinheiro em coisas inúteis que as pessoas jamais usarão: os presentes deixaram de ser provas de afeto e viraram uma angustia solução para problemas.
O que adianta o país inteiro ficar correndo durante semanas, de mau humor, preparando-se para um inútil teste sobre qual será o gosto dos outros, no qual o país inteiro é reprovado e depois fica com coisas horrendas e indesejadas?"






Um Comentário

  1. Gente adorei as frases do livro hahaha
    mas o livro é igual o filme pelo jeito né, quer dizer o contrario, o filme ficou igual o livro ne
    pelo que eu li eu entendi isso
    mas adorei, parece ser muito engraçado assim como o filme, eu morro de rir no filme, ela é super atrapalhada e bem humorada
    e pelo jeito é igual no livro, vou ler com certeza!!

    ResponderExcluir