Capitulo
Um
“Você já deve ter ouvido por aí
coisas do tipo, “seja você mesma e ele vai se apaixonar por você” ou “não mude
quem você é”, e coisas assim, pois é, essa é uma das coisas que eu deveria ter
aprendido desde o começo, e eu sei que muitas de vocês que estão lendo isso,
também vão aprender um dia, se ainda não aprenderam, não é?
Mas uma coisa é certa, não
importa quantos sábios conselhos ouvimos durante nossa agitada (ou seria
sofredora?) vida de apaixonadas, nós nunca vamos acreditar de verdade no que
nos disserem, e não vamos fazer nada do que nos digam pra fazer, vamos, como
sempre, ouvir nosso tolo coração, cair de cabeça na paixão e nos dar mal no
final.
Pelas barbas de Merlin, eu te digo, conquistar um homem é muito mais difícil do que escolher entre sapos de chocolate e uma cerveja amanteigada no inverno, mas não se desespere, eu vou te ensinar os passos básicos de como se conquistar um homem, seja ele Grifinoriano ou até mesmo Sonserino, eles são, no fim, todos iguais.
Pelas barbas de Merlin, eu te digo, conquistar um homem é muito mais difícil do que escolher entre sapos de chocolate e uma cerveja amanteigada no inverno, mas não se desespere, eu vou te ensinar os passos básicos de como se conquistar um homem, seja ele Grifinoriano ou até mesmo Sonserino, eles são, no fim, todos iguais.
- O que toda mulher
inteligente deve saber –
Você pode mudar o jeito de se vestir, mas
isso não vai mudar quem você é, no fim, é por você, não por sua aparência, que
ele irá se apaixonar, mas isso não quer dizer que você não precisa caprichar no
visual para impressiona-lo.
"É
muito tênue a linha entre impressionar um homem e assustá-lo."
Sirius Black
era um galinha, na verdade Sirius Black é
um galinha, daqueles que anda pelos corredores do castelo com um sorriso
estupidamente galanteador, sabendo que a cada cinco meninas que passam por ele,
seis morrem de amores por ele. Talvez seja por isso que ele não faz a mínima
questão de perceber quem esta ou não na dele, ou quem ele quer realmente ou
não, porque ele simplesmente age no automático quando o assunto é garotas: Elas
ficam em cima dele e ele escolhe a dedo quem ele vai sair ou não no fim de
semana, ou durante a semana, isso quando ele não esta cumprindo detenção com
seus melhores amigos, James Potter e Remus Lupin.
Sirius Black é
um obtuso, pra ser mais especifica ainda, que na verdade não faz nada alem de
azarar todo mundo, se exibir em sua vassoura linda e lustrosa e pegar todas as
protótipos de verme cego pelo castelo.
Não, eu não odeio ele, mas acho
que ando ouvindo demais minha melhor amiga, Lilian Evans, pois é, eu ouço ela
falar isso do seu “adorável” admirador James Potter o tempo todo, e o mesmo de
Sirius, e daí muitas vezes eu penso que ela tem realmente razão.
Bom, sendo honesta comigo mesma,
ela tem, mas o que se pode fazer quando você ama um cara desses?
Não dizem por aí que a gente não
manda no coração? Que o amor é cego? Que quando se ama não se vê os defeitos da
pessoa? Pois é, maldito amor, que deixa a gente estupidamente idiota e burra.
Afinal de contas, quem foi que inventou o amor? Com certeza era alguém que era
correspondido. / ¬¬
Ok,
o amor é mesmo lindo, ele faz a gente sentir coisas que você nunca sentirá na
vida, se não estiver apaixonada: Sonhar acordada, achar o mundo lindo e cor de
rosa e todas as coisas vivas ou mortas extremamente encantadoras, sorrir até
mesmo quando tudo esta péssimo, suspirar a cada cinco segundos, pensar
exclusivamente em uma única pessoa trinta horas por dia, ouvir musica sorrindo,
ler sorrindo, pensar sorrindo, comer sorrindo, andar sorrindo e até dormir sorrindo.
Sem contar que você acha tudo que a pessoa faz lindo, até mesmo a coisa mais
estúpida e idiota do mundo.
É, o amor é mesmo uma desgraça.
Principalmente quando você não é
correspondida, ou quando você não faz idéia se a pessoa sente alguma coisa por
você ou não, ou pior, se ela te nota ou não, ou sabe quem você é ou não. Tudo
bem, estou sendo exagerada, é obvio que Sirius Black sabe quem eu sou, mas eu
acho que não como eu sei quem ele é.
Eu sou Marlene Mckinnon, a
Grifinoriana que estuda com ele há quase sete anos, a garota que é amiga do
melhor amigo dele, James Potter, a garota que, quando ele esta em detenção ou
aprontando alguma coisa pelo castelo e perde alguma aula, passa todas as
anotações para ele, a garota que é amiga da paixão de James Potter e que ele
tem que ver o amigo chamar pra sair todas as vezes em que vê a ruiva.
Essa sou eu, para ele, Marlene
Mckinnon, ou melhor dizendo, “Lene”, a Lene que ele pisca e sorri lindamente
todas as vezes que ele me vê, e mesmo me amolecendo absolutamente todas as
vezes que ele faz isso, mesmo se ele fizer duzentas vezes ao dia, eu nunca
entendi muito bem por que ele faz isso. Na verdade eu não consigo entender nada
sobre esse garoto, sou só eu, ou todas as garotas não conseguem entender os
garotos?
Bom, eu tenho a leve sensação que
eles fazem as coisas simplesmente por instinto e não tem a menor noção do que
realmente causam nas meninas, desde que eles consigam ficar com elas depois.
Garotos.
Eu revirei os olhos a esse
pensamento e suspirei. Aquela aula era extremamente ótima, me fazia pensar em
toda minha vida, sabe aquelas aulas que você fica completamente entorpecida e
toda sua vida passa diante dos seus olhos? É, Historia da Magia é exatamente
assim, sinto como se estivesse numa daquelas coisas de terapias trouxas, como
diz a Lilly, todas as vezes em que assisto essa aula, não que isso seja ruim,
mas só me faz pensar ainda mais nele, se é que isso é possível.
Alias, para completar toda a
cena, ele sempre senta uma ou duas carteiras a minha frente, o que na verdade
eu acho maravilhoso, mas péssimo, como eu vou esquecer esse garoto se eu vejo
ele na minha frente o tempo todo? Ele e aqueles cabelos negros brilhosos e
lindos, ok, se eu não soubesse que ele realmente adora mulher, eu acharia que
ele é gay, porque o cabelo dele é realmente lindo, não que eu ache que ele
cuida do cabelo, ele não é o tipo de garoto que passa tempo demais se cuidando
sabe, no máximo ele passa as mãos pelos cabelos depois do banho e eles ficam
daquele jeito, extremamente lindos e sexy, como ele todo é. Sem falar naquelas
costas definidas, que Merlin do céu, é tão difícil me concentrar com um cara
desses na minha frente.
Mais uma vez suspirei, dessa vez
observando aquelas costas que dava para ver parte de sua boa definição pela
camisa branca que ele usava, camisa branca com a gravata vermelha do colégio
que eu sei que estava super malfeita no pescoço, o que o deixava ainda mais
perfeito.
Merlin, francamente, eu preciso
parar de achar esse garoto tão perfeito, talvez ele nem seja tudo isso.
Pela terceira vez eu suspirei, o
que dessa vez, causou uma feição feia da minha amiga Lilian Evans, sentada ao
meu lado.
ok, Lilly, eu juro que vou tentar parar de pensar nele. Eu disse, tentar.
ok, Lilly, eu juro que vou tentar parar de pensar nele. Eu disse, tentar.
― Você devia parar de ficar
sonhando com esse garoto e prestar atenção na aula, Lene, os NIEM’s estão
chegando.
Lilly e sua mania de achar
absolutamente tudo importante para os NIEM’s, até mesmo o que a gente comia no
jantar, honestamente, eu já to cansada de ouvir falar nesses NIEM’s. Ô coisa
chata, será que não sabiam que quanto mais pressão, menos a gente faz as coisas
direito?
― Eu não estou sonhando com
ninguém, Lilly. – Eu dei o meu melhor sorriso ingênuo, o que obviamente não
enganou a Lilly e nem a Emme, minha outra melhor amiga. Éramos quase um trio
fantástico, isso quando a Alice passava tempo demais com o namorado Frank, nos
demais tempos, éramos o quarteto fantástico, ou pelo menos, achávamos ser.
— Vai ver ele te acha feia.
— O QUE? – Ela só podia mesmo estar brincando, mas
pela cara risonha da Emme eu sabia que
era brincadeira, se bem que... Será?
Desesperada olhei para mim mesma tentando ver se conseguia achar alguma
coisa de errada que eu já não soubesse que existia em mim, mas até onde eu podia
ver, estava tudo como sempre fora, e eu sempre achei tudo muito bem, aliás,
então porque motivo ele me acharia feia?
Fechei os olhos e bati a cabeça sobre a mesa onde estava o meu livro texto
tentando colocar os pensamentos no lugar, as vezes falar de Sirius Black fazia
meus neurônios se agitarem como diabretes livres.
― Pode ter certeza, ele não te
acha feia, Lene. – Não precisei abrir os olhos para saber de quem era aquela
voz.
― Então porque Diabos ele nunca
me convidou pra sair?
― Eu já te disse que você deveria
ficar feliz por isso, Lene, afinal de contas, ele não vale um níquel pisoteado
por centauros, assim como o amiguinho dele, o Potter.
Lilly e o Potter, um caso a parte
que uma hora talvez você vá entender,
eu já desisti, por isso mesmo eu reviro os olhos e olho torto na direção dela,
lançando meu melhor argumento que com certeza vai deixar ela vermelha como os
cabelos, de raiva.
― Lilly, você sabe que eu morro
de amores por ‘você-sabe-quem’ e isso significa que eu também quero sair com
ele, assim como você tem vontade de sair com o Potter.
Lilian bufou irritada enquanto
Emmeline Vance caia na risada. Eu e Emme tínhamos nosso jeitinho carinhoso de provocar a ruivinha, como o James a
chamava.
― Você morre de amores por
você-sabe-quem? – Emmeline, brincando, me olhou estranhamente me fazendo
revirar os olhos. E lá vamos nós.
― Emme! – Emme riu.
― Eu só queria saber se eu sou
uma mera mortal insignificante demais pra ele. – Suspirei cruzando os braços
sobre a mesa e apoiando o queixo sobre o braço enquanto observava
sonhadoramente os cabelos negros de um certo maroto mais a frente.
Era perfeitamente perfeito olhar
para ele, não importasse como fosse, onde fosse e quando fosse, eu sempre me
perdia em pensamentos quando olhava demais pra ele. Era como se ele me fizesse
perder noção do mundo em si, como se nada mais importasse, apenas ele, ele e
aqueles cabelos negros caídos displicentemente sobre aqueles olhos azuis
acinzentados que agora se desviavam do pergaminho e vira-se para olhar em minha direção, ele e aquele sorriso que
agora sorriam, enquanto ele olhava pra uma Marlene abobalhadamente sonhadora:
Eu, que só me dei conta disso quando aquela voz perfeita ecoou em meus ouvidos.
― Ta tudo bem, Lene?
Dei um pulo na cadeira, saindo do
meu transe e fazendo-o rir, enquanto eu tentava idiotamente disfarçar, ou seja,
estava ferrada.
― Ahn, ah, é, ta, eu só tava, er,
eu tava...
― Ela tava tentando chamar sua
atenção pra dizer que já terminamos de usar as anotações de vocês. – Disse
Lilian, pegando um pedaço de pergaminho e esticando-o a frente.
Santa Lilian Evans.
― Ah, beleza. – Ele levantou-se
da mesa e caminhou galantemente até a
mesa de Lilly pegando o pergaminho para em seguida me matar do coração, parando a minha frente, aquele cheiro
delicioso da colônia dele invadiu todos os meus sentidos que foi até difícil
raciocinar, Como ele fazia isso?
― Olha, tem um bichinho no seu
cabelo. ̵ Levei mais de alguns segundos para entender o que ele dizia,
já que estava entorpecida demais pela presença e aquele cheiro dele que quando
senti a mão dele em meu cabelo e compreendi as palavras dele, dei quase um pulo
na cadeira quase caindo da mesma, fazendo ele rir ainda mais e tentar
carinhosamente segurar minhas mãos que automaticamente foram aos meus lindos
cabelos negros como a noite.
― UM O QUE? AI MEU MERLIN, TIRA,
TIRA. – Ele riu, aquele riso que mais parecia um latido, enquanto suas mãos
quentes seguravam minhas mãos afastando-as
dos meus cabelos. Naquele momento nem dava pra saborear a sensação das mãos
dele nas minhas, afinal de contas, tinha um bicho no meu cabelo, Merlin, por
que essas coisas sempre acontecem comigo?
― Calma! Calma, Lene, deixa eu
tirar pra você. É só uma joaninha. – Sua voz risonha me acalmou enquanto sentia a mão dele carinhosamente nos meus
cabelos para em seguida, abaixa-las, mostrando um bichinho
pequeninamente vermelho sobre a palma de sua mão.
Ufa. Era só uma joaninha, um escândalo todo desses por causa de um
bichinho minúsculo, que vergonha! Que susto! Que mãos!
― Dizem que joaninha da sorte.
Ele riu roucamente sexy e depois
de colocar a joaninha sobre minha mesa,
piscou, se virou e se foi, lindo e perfeito para sua mesa, deixando uma Marlene
estática, extasiada e entorpecida demais pra dizer qualquer coisa, enquanto
observava aquele ser perfeito que parecia de outro mundo.
― De nada. - Disse Lilian,
voltando os olhos para o pergaminho e anotando alguma coisa sobre a aula,
enquanto Emme reprimia uma risadinha.
Eu estava ferrada. Completamente
ferrada.
— Alou, Terra chamando.
― Acho que você devia mesmo parar
de sonhar e começar a agir, ficar sonhando não vai te fazer conquistar esse
menino.
Emme sempre tinha razão. / ¬¬
Eu odiava muitas vezes o fato de minhas melhores amigas sempre terem razão. Ok, eu não odiava, mas sabe quando você já sabe que elas tem razão e mesmo assim elas insistem em te fazer aceitar aquilo?
Eu odiava muitas vezes o fato de minhas melhores amigas sempre terem razão. Ok, eu não odiava, mas sabe quando você já sabe que elas tem razão e mesmo assim elas insistem em te fazer aceitar aquilo?
Todo mundo sabia que eu nunca
iria tentar conquistar Sirius Black, pra que insistirem?
― Se ele não me notou até hoje,
não sei por que começaria a notar agora. – Eu disse simplesmente, tentando
acabar logo com a conversa, mas o que obviamente não consegui, essas meninas
são tão previsíveis.
― Ele é um obtuso, Lene, só
enxerga o que esta na cara dele, se você não mostrar pra ele quem você
realmente é, ele nunca vai notar.
― É por isso que ele só sai com
aquelas oferecidas, por que elas ficam em cima dele vinte e quatro horas por
dia e ele não é tão obtuso assim.
Completou Emme e eu mais uma vez
suspirei, dessa vez não sonhadoramente.
Acho que elas nunca vão mudar o
repertorio até eu concordar, não é? Pois então, resolvi concordar, pela
primeira vez na vida, só para ver o que elas fariam.
― Tudo bem, digamos que eu tenha
que fazer ele me notar, como vocês acham que eu deva fazer isso?
As duas desviaram os olhos do
pergaminho para me encararem e eu sorri amarelo, elas realmente acreditaram que
eu estava interessada.
Bom, talvez eu estivesse, talvez
fosse interessante ouvir essa nova teoria delas, e quem sabe elas não tivessem
uma idéia interessante, porque convenhamos, elas tinham razão, ele só enxergava
o que estava estampado na cara dele, e se ele não me enxergara como eu queria
até então, talvez eu devesse mesmo fazer alguma coisa, afinal de contas, aquele
ano era minha ultima chance.
Pela primeira vez em quase sete
anos, eu vi Lilian Evans largar a pena e esquecer o pergaminho onde ela devia
anotar as coisas mortíferas que o professor Bins dizia e me encarou empolgada.
Ela e Emmeline.
― Bom, você não pode ser ousada
demais. – Começou Lilly.
― Não, Lilly, ela tem que ser
ousada, ela tem que fazer ele notar ela. Acho que devíamos começar pela
aparência. – Disse Emme, empolgadíssima.
Emme era, com certeza, a garota
mais bem vestida de Hogwarts, e isso porque todo mundo usava praticamente a
mesma roupa, mudando apenas os brasões de cada casa, mas ela conseguia ser
lindamente fashion, e se ela estava pensando em me transformar numa copia dela,
eu estava seriamente pensando que estava entrando no barco errado e que ele
iria afundar.
― Não tem nada de errado com
minha aparência. – Tentei rapidamente cortar o barato dela. Mas já era tarde
demais.
― Ah Lene, não me leva a mal, mas
esse cabelo estilo hipogrifo lambeu de sempre e essa carinha pálida de sou irmã
do Nick quase sem cabeça, não atrai muitos caras, sabe.
― Hey! – Eu tentei mostrar-me
ofendida, não que eu realmente estivesse, mas tudo bem, ela exagerou um
pouquinho não é? Eu não sou tão Nick quase sem cabeça assim. Ou sou? Ok, ela esta
me deixando paranóica.
― E a partir de amanha, não
sentaremos mais atrás dos marotos, seremos as primeiras de todas as aulas. –
Disse Lilian empolgada. Ela realmente estava empolgada, empolgada até demais.
Merlin, eu sinto que estarei perdida no final de todas essas idéias malucas.
― Hey, mas como eu vou... – Elas
não me deixam nem terminar.
― Não, você não vai mais ficar
babando que nem idiota por ele, vamos fazer ele
babar que nem idiota por você.
― Eu não fico babando que nem idiota
por ele. – Tentei me defender. Tentei. Tentar nem sempre é conseguir.
As duas reviraram os olhos e eu
fechei a cara.
― E pra completar, depois disso
tudo, você vai começar a conversar mais com ele, mas sendo mais sensual sabe.
Sensual? Ok, agora sim elas
estavam pirando de vez. Eu, Marlene Mckinnon sendo sensual? Era uma piada,
certo? Esperei elas rirem. Mas elas não riram.
― Sensual? Sério? – Eu ri,
tentando fazer elas rirem, mas não adiantou. - Não está mesmo falando sério, né
Emme?
― Lene, você precisa deixar ele
instigado, fazer ele te notar, ver que tem algo a mais em você que ele não via
e querer conhecer esse algo a mais.
― Que algo a mais? – Eu tentei,
estava ficando apavorada. Sério.
― Merlin, realmente ela combina
com ele, santa lerdisse.
Eu fechei a cara mais uma vez e
as duas reviraram os olhos.
― Faça o que a gente esta
dizendo, ok? E deixa que o resto vai acontecendo.
― Só não faça nenhuma burrada. –
Completou Lilly e eu abri os lábios levemente indignada. Ela estava me chamando
do que? De burra ou de lerda, ou os dois juntos?
Ok, deixa isso pra lá.
― Tudo bem, mas se eu me ferrar
nessa historia toda, vocês me pagam. – Eu ameacei, mas acho que foi sem muita
convicção, porque elas riram, enquanto Emme passava a mão pelos meus ombros, me
abraçando.
― Marlene Mckinnon, a partir de
agora, você esta entrando no estagio um do plano: Conquistando SB.
Eu olhei para ela pelo canto dos
olhos e franzi a testa. Elas estavam realmente levando aquele lance todo a
sério e aquilo estava realmente me apavorando.
Eu só espero sair viva dessa
historia.
~*~
Alguma vez na vida você já se
sentiu completamente idiota só para agradar suas amigas? Pois vocês estão
olhando para uma garota que esta se sentindo assim nesse momento.
Eu estava em frente ao espelho no
quarto que eu dividia com a Lilly, a Emme e a Alice, elas haviam me acordado
bem antes do horário normal só para me arrumarem para o que elas chamavam de
primeiro dia do estagio um, e eu já mencionei que estou ficando apavorada? É,
eu acho que sim. E tudo isso porque eu sei exatamente como essas duas são quando
colocam uma coisa na cabeça, só um milagre faz elas esquecerem.
E lá estava eu, vestida com o
uniforme comum do colégio, meu sapatinho de boneca, meias finas, que na verdade
eram bem grossas por causa do frio, a sainha de pregas, a camisa branca com
mangas longas, meu coletinho preto da Grifinoria e um cachecol vermelho. Estava
linda. Ok, eu fui irônica, não que eu realmente estivesse feia, é só que aquilo
tudo era um exagero para mim, pra que usar saia naquele frio? Eu tinha certeza
que mesmo com aquela meia grossa eu iria morrer congelada. E será que elas
tinham esquecido que tínhamos aula de herbologia naquele dia? Isso significava
que eu ia ter que descer naquele frio até a estufa com aquela roupinha
minimamente Sonserina de ser, porque aquelas meninas riquinhas da Sonserina pareciam
nunca sentir frio e usavam saia em todas as estações do ano. Ridículas.
Ok, voltando ao meu look estagio
um de conquistando SB, que nominho mais estranho desse plano né, pra completar
tudo aquilo, não podia faltar a produção dos cabelos e do rosto.
Lilly escovou tanto meus cabelos
que eu achei que eles iriam cair e eu ficaria careca, o que obviamente não me
faria conquistar o Sirius. E a Emme me maquiou, sombras num tom dourado claro,
lápis nos olhos, blush de leve nas bochechas para me tirar aquela cara de irmã
do Nick quase sem cabeça, segundo ela, mascaras nos cílios e um batom levemente
escuro, mas nada forçado.
Quando elas terminaram de me
arrumar e eu me encarei no espelho, juro que tive que me concentrar para não
perguntar ao reflexo: Oi, você é nossa nova colega de quarto?
Aquela não era eu, e nada daquilo
fazia sentido para mim.
― Tem certeza que isso tudo é
realmente necessário? – Eu encarei elas pelo reflexo do espelho, afinal, elas
estavam atrás de mim olhando, admiradas, o trabalho delas. – Eu quero que ele
goste de mim como eu realmente sou e não essa palhaça da corte.
Emme fechou a cara e Lilly
revirou os olhos.
― Lene ele vai gostar de você por
quem você é, isso é só pra chamar a primeira atenção dele. – Me disse, Lilian.
Ela realmente encarnou no plano da Emme, tanto que estava falando igualzinho a
Emme. Assustador.
― Exato, e depois que ele
realmente te notar como queremos, daí você conquista ele com todo seu jeitinho
de ser.
Jeitinho de ser? Eu não tenho um
jeitinho de ser. / hm’ / Eu espero que elas estejam falando a verdade e não
querendo apenas criar falsas esperanças em mim.
― Eu juro que se eu fizer papel
de palhaça assim, pra nada, eu jogo vocês pra lula gigante comer no
jantar.
Pronto, ameaça feita, agora era
encarar Hogwarts inteira daquele jeito. E eu ainda me sentia uma palhaça da
corte.
Quando adentrei o salão comunal e
me sentei à mesa, algumas pessoas viraram o rosto para me encararem, eu aposto
como eles também estavam pensando a mesma coisa que eu: Palhaça da corte,
palhaça da corte, palhaça da corte.
Ok, respira e fingi que esta tudo
normal.
Mas eu não consegui respirar,
quando olhei em direção a porta do salão principal eu vi ele caminhando com
James e Remus.
Merlin como ele estava lindo,
calça social, uma blusa de frio de lã preta com golas altas, afinal, aquele
começo de novembro estava metade da semana frio de morrer e a outra metade
calor de derreter, vai entender; mochila nas costas, os cabelos caídos
displicentemente sobre os olhos e aquele sorriso perturbadoramente encantador
nos lábios. Eu já disse que os lábios dele são lindos? Que os dentes dele são
lindos? Que a voz dele é linda?
Voltei a mim quando senti uma
cotovelada de Lilian, sentada ao meu lado, provavelmente ela percebera a minha
cara de “babando idiotamente em
Sirius Black”.
Ele veio caminhando em minha
direção, meu coração disparou e eu agradeci a Merlin por estar sentada, pois as
minhas pernas bambearam completamente.
― Oi Lene. – Ele parou perto de
mim e da Lilly com James ao seu lado, enquanto Remus acenou com a mão e
continuou até achar um lugar vago na mesa. Eu sorri, tentando não parecer idiota.
― Oi Six. – Eu era a única garota
em todo o castelo que o chamava assim e eu nunca mudaria, afinal, aquilo era
uma coisa que poderia não deixar ele me esquecer nunca. Doce ilusão.
― Nossa, você ta linda! – Ele
disse, sorrindo sinceramente, não aquele sorriso charmoso de sempre, mas aquele
sorriso natural, era um dos sorrisos que eu mais gostava.
Já comentei que ele tem uns onze
tipos de sorrisos diferentes?
Eu suspirei e fui desperta
novamente por Lilly, dessa vez com um pisão no meu pé, devo dizer que ela sabe
ser super delicada quando quer.
― Ahn, obrigada. – Eu sorri sem
jeito e reparei que ele ficou me olhando, sorrindo daquele jeito que fazia meu
estomago revirar, acho que jantei borboletas e elas estão voando dentro de mim
como se estivessem num jardim florido, e eu e Sirius Black estivéssemos
correndo de mãos dadas pelos gramados enquanto os raios de sol do entardecer
batiam contra nossos rostos, sorridentes.
Eu estava novamente sorrindo
idiotamente, mas dessa vez não foi preciso Lilian me despertar, porque quando
James deu uma cotovelada em Sirius o despertando, eu realmente pensei que
estávamos desfrutando da mesma fantasia.
Doce ilusão.
― Ah, eu vim te pedir um favor,
será que você pode me ajudar com o trabalho de poções amanhã? Vou cumprir
detenção hoje e não vou ter tempo de pesquisar.
Ele enfiou as mãos nos bolsos da
calça, como ele sempre fazia quando ia me pedir alguma coisa, as vezes eu
achava que ele ficava sem graça de me pedir qualquer favor, mas não tinha outra
pessoa para pedir, já que James estava em todas enrascadas deles e Remus sempre
negava ajuda quando eles aprontavam sem motivo.
E eu como sempre, assenti,
sorrindo, enquanto ele piscava daquele jeito sexy e perfeito e sorrindo, dizia,
“Valeu Lene”, antes de ir com James até onde Remus os esperava.
Dessa vez eu suspirei à vontade
enquanto voltava os olhos para o meu café da manha, sendo observada, e eu sabia
disso, por Lilly e Emme.
― Viu só, ele já notou como você
esta diferente de sempre. – Comentou Emme e eu sorri.
Sabe de uma coisa, eu me vestiria
de palhaça da corte todos os dias da minha vida só pra ouvir ele dizer mais uma
vez “Nossa, você ta linda!”.
Com isso eu suspirei e sorri
abobalhadamente.
Eu adorava a maneira como ele me
fazia sentir idiotamente feliz.
~*~
Ok, o plano parecia estar indo
muito bem, e eu estava realmente começando a gostar desse lance de Estágio um
do plano Conquistando SB, e tudo isso porque aquela frase linda que saiu dos
lábios dele no café da manha me acompanhou o dia todo, durante todas as aulas.
Acho que ele nunca repetiu tanto isso como repetiu na minha cabeça.
Senti vontade de rir com aquilo,
mas apenas sorri, enquanto sentada na segunda mesa da aula de transfiguração eu
sentia estranhamente uma quentura na nunca, como se alguém estivesse me
observando o tempo todo.
A vontade de me virar e olhar pra
ver se ele estava me olhando era grande demais, e eu já tinha resistido a essa
vontade mais do que conseguia, mas não porque eu queria resistir, mas porque
Lilly e Emme não me deixaram virar pra trás, ameaçando que me trancariam no
dormitório na próxima visita a Hogsmeade só pra eu não comer nenhum sapo de
chocolate, o quer era muita injustiça já que eu sou completamente apaixonada
por chocolate, talvez até mais do que sou por Sirius Black, na verdade era um páreo
muito grande e por isso eu estava naquele conflito interior cruel, Sirius Black
ou sapos de chocolate? Droga.
Não aguentei mais e virei o rosto
para trás, fingindo ir pegar algo na minha mochila pendurada a cadeira, abri o
zíper sem erguer os olhos, enfiei a mão dentro da mochila fingindo procurar
algo e então ergui os olhos para observar a sala toda atrás de mim.
E lá estava ele, sentado ao lado
de James, a cabeça inclinada sobre o pergaminho, os cabelos caindo sobre os
olhos, lindo, eu suspirei, e quando retirei a mão de dentro da mochila pronta para
fechar a mesma e voltar a posição normal, levemente decepcionada porque ele não
estava me olhando, eu vi ele erguer os olhos e olhar diretamente para mim,
passando a língua pelos lábios e sorrindo em seguida, um sorriso que me
surpreendeu, uma mistura do sorriso um com o quatro. Lembra? Os onze tipos de
sorriso dele, o um era o sorriso natural, o mais lindo de todos, mas o quatro
era aquele sorrisinho sem jeito, que ele dava muitas poucas vezes, e com
certeza era um dos que eu mais admirava em ver.
Eu não consegui desviar os olhos
dos dele e nem do sorriso dele, e ele também parecia estar igual a mim, me
olhando e sorrindo daquele jeito, sem desviar os olhos, eu estava quase prestes
a entrar naquele sonho novamente, onde borboletas voavam por meu estômago e pelo
céu, enquanto eu e ele corríamos de mãos dados pelo jardim ao entardecer,
quando Emme se virou e me encarou, me vendo com a mão na mochila e os olhos e
sorriso bobo pra Sirius e, desagradavelmente, me deu uma cotovelada bem forte,
me fazendo voltar a mim e virar-me rapidamente pra frente.
Com certeza eu ia acabar aquele
dia roxa por tantas cotoveladas.
― Eu já disse pra você não ficar
olhando pra ele que nem idiota. – Emme me repreendeu, enquanto fechava a cara e
voltava os olhos pro pergaminho.
― Mas ele estava me olhando do
mesmo jeito. – Eu suspirei e sorri, enquanto a professora McGonnagal terminava de
acenar a varinha na lousa onde mais alguma coisa sobre coisas essenciais pros
NIEM’s era acrescentada a ela.
― Mas você olhar assim pra ele
vai estragar o plano.
Eu bufei irritada, ela jamais
entenderia como aquele olhar dele tinha sido diferente, eu era capaz de jogar
aquele plano idiota no lixo se eu só tivesse aquele olhar para o resto da vida,
acho que eu não precisava de mais nada, aquilo já era absolutamente tudo pra
mim.
Suspirei sem me importar com o
que Emme ou Lilly diriam, eu tinha que ter o meu momento feliz com vontade de
gritar e pular de felicidade porque Sirius Black estava olhando para mim
daquele jeito. E eu faria isso na primeira oportunidade.
― Lene, posso falar com você?
Bom, se eu tive vontade de pular
e gritar de felicidade quando Sirius olhou para mim daquele jeito na aula de
transfiguração, eu realmente não pensei que eu poderia ter a mesma vontade dez
vezes mais intensa. E sim, isso era possível.
― Claro. – Eu sorri fingindo
estar tudo numa paz.
Estávamos descendo para a estufa
pra aula de herbologia, Lilly e Emme estavam comigo quando Sirius se aproximou
por trás com os amigos e me chamou.
Eu parei no meio do caminho
lançando olhares pra Lilly e Emme enquanto elas sorriam acenando e continuavam
descendo, sendo logo acompanhadas de James, Remus e Pettigrew, enquanto eu
estava parada vendo Sirius agora parando ao meu lado.
Ele começou a caminhar bem
devagar em direção as estufas e eu acompanhei seus passos lentos, vendo-o com
as mãos nos bolsos da calça, enquanto eu juntava as mãos na frente do corpo
super sem jeito.
Confesso que eu já sonhei com
esse momento umas milhares de vezes na minha vida: Ele caminhando ao meu lado
exatamente daquele jeito, devagar, as mãos no bolso, ligeiramente sem jeito,
enquanto eu caminho ao seu lado, então ele para e me olha e sorri daquele jeito
natural e depois sem jeito, leva a mão ao meu rosto e diz: “Você é linda,
sabia?” e então o rosto dele vai se aproximando do meu e os lábios dele
colam-se aos meus e... Eu acordo.
Perfeito, mas não tão perfeito
quanto eu gostaria porque até então eu nunca tinha tido nada perto disso pra
tornar esse sonho real.
E agora lá estava ele, caminhando
ao meu lado igual ao sonho enquanto eu tremia por dentro tentando não
demonstrar o quanto eu estava trêmula, bom, estava frio, e isso seria uma
excelente desculpa para o quanto eu estava tremendo. Alias ainda bem que eu
pensei nisso.
― Você esta tremendo. – Ele
sorriu me observando e eu sorri de volta, passando as mãos pelos braços e dando
de ombros.
― É o frio. – Eu disse, e me
senti uma idiota por dizer isso assim. Porque eu não pensava em coisas super
interessantes pra dizer e fazer ele me achar o máximo?
Revirei os olhos com meus
pensamentos concluindo que eu não conseguia pensar em nada interessante para
dizer, então disse apenas.
― Então, o que queria falar
comigo?
Idiota? Isso não faz parte do
sonho.
Ele sorriu sem jeito e eu senti
meu coração parar de bater por segundos e um frio descomunal perpassar por meu
estômago. Lá estava eu mergulhando no lago negro em pleno inverno, aquela
sensação era o máximo. Fui irônica, certo.
― Você ta realmente linda, sabia?
– Meu corpo inteiro se aqueceu, eu saia do lago negro e entrava dentro da
lareira em chamas, estava me derretendo. / *-*
Eu sorri sem jeito e em seguida
idiotamente, ele parava e me olhava.
O sonho estava se tornando
realidade? Sim, sim, sim, por favor.
― Querendo conquistar algum
garoto? – Ele riu e continuou a dar passos lentos em direção as estufas, eu
sabia que naquele ritmo nos atrasaríamos para a aula, mas que se dane a aula,
eu estava com Sirius Black.
― Como adivinhou? – Eu ri,
fingindo que o garoto que eu queria conquistar não era ele, de maneira nenhuma.
Ri novamente com meus
pensamentos, mas ele não notou que era por outro motivo.
― As meninas fazem isso pra mim
direto. – Ele riu, e eu ri, mas por puro teatro, porque eu estava novamente
saindo da lareira e mergulhando no lago negro e dessa vez não era de um modo
legal.
― Ele gosta de mim assim. – Eu
disse simplesmente, não sei por que, mas alguma coisa me dizia que eu tinha que
fingir que o tal garoto já existia e não era ele.
Acho que meu sexto sentido tinha
razão, porque ele parou e me encarou, dessa vez meio sério e franzindo a testa
antes de dizer.
― Você também é linda
naturalmente. – Saindo do lago negro e voltando a lareira, espero que o fogo
não apague com tanta água.
Suspirei, mas não sei se foi boba
ou com medo do fogo apagar.
Ele deu um passo a frente e eu me
senti congelar, caramba esta nevando e eu nem percebi?
Ele sorriu meio natural e meio
galanteador, seu terceiro tipo de sorriso e eu me aqueci ainda mais por dentro,
enquanto meu corpo estava congelado por fora.
Tentei dizer alguma coisa
enquanto ele me encarava, mas não consegui, estava muda, além de congelada.
― É serio, Lene. – Ele disse, e
eu senti como se ele estivesse preocupado comigo. Eu devia me sentir como?
Estava começando a ficar confusa, enquanto meu coração disparava no peito. –
Você é incrível e se ele não nota isso, é um babaca.
Merlin, o sonho vai se realizar,
não vai?
Se fosse ou não, eu nunca
saberia, eu acho que minha mente se apagou por segundos enquanto eu o via na
minha frente, bem mais perto do que eu jamais sonhei na vida, e acho que fui
invadida por alguma maldição, tipo, império, porque no instante seguinte às
palavras dele, eu vi minhas mãos irem direto aos cabelos dele, enquanto eu
aproximava rapidamente meu rosto do dele e via os lábios dele muito próximos
dos meus antes dos meus olhos se fecharem e eu sentir os lábios quentes e
perfeitos dele sobre os meus.
Por um segundo da minha
insanidade eu pensei que ele fosse me afastar dele e sair correndo, pois eu
sentia o susto dele pelo corpo tenso, mas no instante em que meus dedos
afundaram nos fios de cabelos dele, eu senti os lábios dele grudarem com
vontade nos meus e a língua dele invadir minha boca, encontrando-se com a minha
no instante em que eu sentia o gosto dele, uma mistura deliciosa de chocolate,
menta, chuva de verão, sol do entardecer e o vento da liberdade batendo contra
o rosto.
Me derreti, o fogo da lareira
tomou conta de todo meu corpo, as mãos dele apertaram-se contra minha cintura e
senti meus pés soltarem-se do chão, como se estivesse flutuando, o silencio
absolutamente mortal do vento invadindo cada célula do meu corpo e eu rezando
internamente para nunca acordar daquele sonho.
ahhhhhhhh adoreiiii
ResponderExcluirposta o proximo, adorei a fanfic, muito engraçada e sabe eu me sinto assim com o garoto da minha escola que eu gosto kkkkk
me identifiquei muito com a marlene viuuu
muito bom
vc escreve muito bem, continuaaa aqui por favor