"Acordo feliz, nada de acordar triste para não carregar a espera da decepção.
Tomo um banho demorado escutando Hanson no último volume para impor ao mundo que eu voltei, estou única e exclusiva novamente.
Eu e o meu mundo. Eu e minha solidão sem preconceitos e sem lições de moral, minha melhor amiga, a solidão, nunca vai me achar estranha.
Dou graças a Deus de estar tão bem acompanhada dentro do meu universo.
Eu e o silêncio do meu quarto, sem ninguém pra me dizer o que eu deveria ser.
Se eu quiser, hoje, alugo um daqueles filmes românticos e assisto embaixo da minha coberta com um pijama bem feio e meu cabelo em seu pior estado.
Quem sabe eu não tiro umas melecas do nariz e beijo minha cachorra na boca.
Eu e meus filmes prediletos, eu e minha filha peluda, eu e as extensões do meu corpo.
O mundo é enorme sem toda a culpa que eu carrego por não ser a menininha leve e sem preconceitos e não se abala com tanto amor e nem com o medo e o cansaço que viver causa.
Eu sei que sou pesada, triste, dramática, neurótica, louca, insatisfeita, mimada, carente. Mas você se esqueceu da minha maior qualidade: eu sou só.
Eu era só quando descobri que não controlo a vida, o meu jeito estranho de ter medo de perder o controle e de multidão.
Eu era só pesando doze quilos a menos, e eu querendo viver tanto que tinha medo de não conseguir.
como tudo que sempre quero muito, e acabo fodendo.
Percebe? Louca. Louca e só, porque ninguém vai agüentar isso.
Eu sempre estou só quando dá vontade de me concentrar apenas em mim, e não ver nada e nem ninguém.
por isso quis chorar só e escondida atrás da porta, como um rato que todo mundo tem nojo, deixando tudo para trás, mas que no fundo só quer um pouco de queijo, como qualquer criança bonitinha.
Carregar nossa alma, com tudo o que ela tem de bom, de mal e de incompreensível, é uma tarefa solitária.
Eu sempre fui só querendo ter uma família grande, café da manhã, Natal, cachorro, e eu continuo só quando vejo minha família.
O mundo é cheio de opções, mas todas elas me cheiram azedas e murchas demais.
eu detesto as paredes se fechando, se fechando, e eu sem poder berrar para, pelo amor de Deus, alguém me resgatar, e me colocar no colo, e me dizer que me entende e sofre também.
Me olhei no espelho profundamente para enxergar minhas raízes e ganhar força, chorei algumas vezes, fiquei sentada no chão do banheiro, para ver se meu corpo esquentava ou porque estava mesmo me sentindo um lixo. 
Estar sozinha não muda nada, conheço bem esse estado e, de verdade, sei lidar até melhor com ele.
Nada muda no mundo,  as pessoas quase não percebem que falta metade do meu corpo e que eu não posso ser muito simpática porque toda a minha energia está concentrada para eu não tombar."



Todo mundo tem aqueles dias que se sente diferente, esquisito, weird...
você não se encaixa em nada, sua alma e seu coração estão cheios de dor e tudo que você quer é ficar só com sua solidão, com sua esquisitisse, se sentindo fora do mundo, diferente de tudo
esquisito
essa musica diz exatamente tudo isso de uma maneira intensa e profunda, e por isso é minha musica favorita no mundo
Hanson, "weird" 






"Isn't it strange how we all get a little bit weird sometimes"
Lanah


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