Hoje caiu finalmente a minha ficha do quanto você é, tão e somente, um cara burro.
Burro e idiota por me deixar por ai, burro e idiota por me deixar solta, como uma folha ao vento, indo e vindo sem ninguém se interessar em pega-la e descobrir o que está escrito. Apenas uma folha solta ao vento.
Hoje caiu finalmente minha ficha do quanto você é burro de me perder, um perfeito e completo burro e idiota por não me querer.
Talvez um dia por ai eu encontre alguém, ele vai me olhar, sorrir e talvez ele se interesse em saber o que de tão interessante tem escrito nas minhas linhas, nessa folha que foi jogada fora como se não tivesse utilidade alguma, nessa folha que você menosprezou, que você se assustou quando leu a primeira linha e saiu correndo, como um cachorrinho assustado perdido nas ruas, sem a mamãe pra te colocar no colo e dizer que esta tudo bem, um cachorrinho assustado com o conteúdo dessa folha que sua mente frágil demais não conseguiu interpretar com a mesma intensidade com que elas foram escritas, essa folha que você não quis guardar, zelar, cuidar.
Um dia talvez você vá perceber o quanto você foi, tão e somente, um cara burro. Um cara burro,  idiota e trouxa de me deixar por ai.
E então você vai perceber que talvez a folha não fosse tão assustadora, que talvez se você tivesse dado uma chance a mais teria percebido o quão belas eram cada palavras, cada frases escritas naquelas linhas daquela folha que você ignorou.
Você vai perceber, mas dai já vai ser tarde demais.
A folha, as linhas, as palavras que você deixou perder se tornaram um livro grande demais pra você, intenso e importante demais pra se tornar apenas mais uma folha em suas mãos.
Vai ser muito tarde, eu serei um livro e você continuará sendo, tão e somente, um cara burro.

Por Lanah Black.


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