Hoje vim deixar minha critica, ou melhor dizendo, minha indicação de filmes, e claro um dos mais comentados desde seu lançamento nos cinemas em janeiro, o filme baseado em uma história real e que emocionou milhões de pessoas em todo o mundo, a história de Stephen Hawking no filme "A teoria de tudo".






A Teoria de Tudo (The Theory of Everything) é um drama romântico biográfico, dirigido por James Marsh e com seu roteiro escrito por Anthony McCarten. O filme foi inspirado na obra Travelling to Infinity: My Life with Stephen, de Jane Hawking, onde ela descreve seu relacionamento com o físico teórico e o desafio com a doença do neurônio motor.


O filme conta a história de Stephen Hawking e Jane Wide a partir do momento em que se conhecem, numa festa da universidade, em Cambridge.
Stephen é um inteligentíssimo estudante de física, e Jane é estudante de Literatura francesa e espanhola, e a partir do momento que ambos se conhecem o amor nasce de forma intensa e profunda, e vai marcar a vida dos dois para sempre.
Aos vinte e um anos Stephen descobre que possui a, até então conhecida como, doença do neurônio motor, uma doença degenerativa que vai lhe tirar todos os movimentos involuntários do corpo, tal qual andar, mexer as mãos, se movimentar e todas relacionadas.
Uma doença que hoje é mais conhecida como esclerose lateral amiotrófica (ELA),  e ainda hoje não possui cura.
E o filme é marcado por muitas, mas muitas emoções, e vou tentar falar um pouco mais sobre ele, sem que eu aprofunde o suficiente para dar spoilers demais ou tirar sua vontade de assistir, apesar de que, não importa quantas resenhas você leia sobre o filme, se você não assistir, não fará diferença, porque apenas assistindo você vai entender tudo que queremos dizer.





 A história de Stephen Hawking é contada pela luz da genialidade e do amor que não vê obstáculos. 



Essa é uma excelente maneira de começar falando sobre esse filme, pois uma das coisas que certamente nos deixa pensativos é o amor de Jane por Stephen e tudo que ela é capaz de suportar durante tantos anos.
Para quem não conhece a doença ou já ouviu falar, mas nem faz ideia do que quer dizer, o que é normal, afinal de contas, pessoas normais como nós não somos obrigadas a saber os nomes de todas as doenças existentes e sabermos o que elas fazem.
A doença do neurônio motor é uma doença sem cura, que vai cortando todas as funções do neurônio motor, ou seja, o neurônio responsável pelos nossos movimentos involuntários, aqueles que fazemos por instintos, sem pensarmos em como se faz, ou que devemos mandar nosso corpo fazer, como por exemplo, pegar um lápis, um copo, os movimentos das mãos em geral, ou caminhar, falar, movimentar o corpo, a cabeça, os braços, termos forças nos músculos para sustentar nosso corpo.
Tudo isso vai se atrofiando, parando de funcionar, até que a pessoa pare de movimentar as mãos, de andar e de falar, mas mesmo a doença sendo tão profunda, ela não atinge o cérebro. Por que? Como já dito, é uma doença que atinge o neurônio específico, não o cérebro todo, assim sendo, ele ainda é capaz de pensar e raciocinar como uma pessoa normal.

Agora imagine uma pessoa que não consegue ficar em pé porque o neurônio tirou sua capacidade de se auto-sustentar, e uma pessoa que não consegue andar, não consegue mexer os braços e as mãos, como ela ficaria?
Sim, numa cama ou numa cadeira de rodas.
E é assim que Stephen vai ficando dia após dia de sua vida, aos poucos, um jovem de vinte e um anos, se vê como um velho envelhecendo rápido demais, perdendo os movimentos, mal conseguindo se alimentar sozinho, dependendo das pessoas para tudo, até estar totalmente dependente numa cadeira de rodas.

Agora imagine você casada com um homem assim, que aos poucos vai se tornando totalmente dependente de você, que você precisa vestir, dar comida, limpar a boca, enfim, ir cuidando totalmente conforme essa doença vai se alastrando pelo corpo do seu marido.
Já pensou?
É necessário um amor muito, muito intenso e muita coragem para conseguir enfrentar tamanho obstáculo.
E não sejamos hipócritas aqui de dizer que qualquer um conseguiria isso, porque não é qualquer um que conseguiria, cuidar de uma casa, de uma família, filhos, e ainda por cima do marido, se existem MÃES que são capazes de abandonam seus próprios filhos ao nascerem com alguma deficiência, ou as obterem no decorrer da vida, imagine então uma esposa. 
Sim, qualquer pessoa pode vacilar diante de tamanha responsabilidade e dificuldade, mas Jane Hawking superou fortemente tudo de uma maneira que poucas mulheres conseguiriam, e ver isso no decorrer do filme é emocionante, você se pergunta em diversos momentos como alguém consegue suportar tanta coisa ou que somente um amor tão grande é capaz disso, e eu sei que em determinado momento você vai se perguntar se você conseguiria passar por tudo aquilo.
É uma das lições de vida desse filme, principalmente se tratando de uma história real, que de fato aconteceu, onde as pessoas citadas e suas histórias realmente existem, nada de ficção, nada de imaginação, uma verdadeira história de vida e de exemplo a todos nós.




Claro que o ponto principal do filme é a vida e a luta de Stephen com a doença, um jovem astrofísico que consegue seu doutorado quando a doença está já se instalando no seu corpo, e aos vinte e um anos vai vendo seu corpo se deteriorar, definhando aos poucos, sendo incapaz de conseguir pequenos movimentos simples e vendo as pessoas sendo capazes de tudo isso normalmente.
E como mesmo assim, com toda a dificuldade que ele passa, ele não desiste, ele continua com sua mente inteligente trabalhando pra valer, ele continua tentando provar suas teorias, e ele vai superando seus próprios limites e, milagrosamente, sobrevivendo muito mais do que fora lhe dito pelo médico.
Num determinado momento, inclusive, Stephen perde totalmente a fala, devido a uma cirurgia necessária para salvar-lhe a vida, por causa de uma pneumonia. 
E então, mais uma lição de vida está esfregada na sua cara, e você de repente se pergunta porque você reclama tanto da sua vida?
É normal do ser humano ser assim, não é mesmo? Nós só damos valor a algo ou a nossa vida quando vemos que existem pessoas em piores situações.
Ver Stephen se definhando e em determinado momento ele ser incapaz de pisar na areia da praia sozinho, não apenas me comoveu como me fez pensar no quanto sou mesquinha com minha vida e comigo mesma, e certamente é o que todos pensamos ao terminar de assistir esse filme.
A capacidade de superação de Stephen, sua força de vontade de continuar vivendo, sua inteligência, seu bom humor, a maneira como ele continua, mesmo quando muitos teriam desistido, é inacreditável, inexplicável e quase impossível.
É impossível você não se emocionar com esse filme.
E essa, ao meu ponto de vista, é mais uma prova de que não há médico algum capaz de saber realmente quanto tempo uma pessoa vai viver, somente Deus é capaz de dizer isso, e mesmo que Stephen não acredite em Deus, é Deus quem permitiu que ele vivesse tanto.

Enfim, deixando a religiosidade de lado, pois cada um tem sua crença e ela também vai fazê-lo sair pensando sobre isso, existem outros pontos interessantes nesse filme.





E como falar em Stephen sem falar em Eddie Redmayne?
Sabe aqueles tipos de atores ou filmes baseados em pessoas que num determinado momento você se esquece que aquele na tela é um ator e não o personagem real?
Eu senti isso no filme "Cazuza", quando o Daniel de Oliveira ficou tãoooo parecido com o Cazuza que eu quase me confundia kkk
Vemos isso nesse filme, Eddie encarna de forma tão intensa o personagem que num determinado momento você percebe que já esqueceu que aquele é um ator e não o Stephen de verdade.
A maneira como ele ficou parecido, como seus gestos, sua maneira de falar enquanto Stephen ainda falava, tudo, ficou completamente idêntico ao verdadeiro Stephen e vemos como não foi atoa que ele ganhou o Oscar por melhor ator.
Veja nas fotos abaixo, uma foto do verdadeiro Stephen e uma foto do Eddie interpretando o cientista.







Num determinado momento do filme Jane conhece Jonathan, um jovem rapaz que perdeu a esposa para o câncer, e aos poucos entra na sua vida e de Stephen e passa a fazer parte de tudo, ajudando Jane com Stephen e as crianças (até então Jane já tinha dois filhos, e vinha a ficar grávida do terceiro), e mesmo tendo ali, um homem jovem, bonito, atraente, diante da vida que Jane levava, afinal, imagine-se com dois ou três filhos para cuidar, além do marido que você também tem que cuidar, sua vida toda sendo apenas cuidar de todo mundo, não ter um marido normal ao seu lado, e então de repente surge um homem capaz de lhe dar tudo isso.
Pois é, qualquer mulher, ou a grande maioria, teria largado Stephen e ido ficar com Jonathan, mas Jane permanece ao lado dele, firme e forte, mesmo que muitos pensem diferentes.
E quando até mesmo Stephen diz a ela que entenderia se ela preferisse outro homem, bom, é um amor intenso demais e ela continua nisso por muito tempo, afinal, vinte anos não é pouca coisa.

Além de tudo isso, temos o astrofísico em questão, além da pessoa Stephen Hawking, temos a genialidade dele, o fato de uma mente tão brilhante presa a um corpo paralisado pela doença ELA, torna ainda mais intenso essa questão da vida dele e dele em si.
Para quem não sabe, Stephen Hawking é um astrofísico e especializado em cosmologia, cujo estuda a origem e evolução do universo. 
Os principais campos de pesquisa dele são cosmologia teórica e gravidade quântica. Em 1971, em colaboração com Roger Penrose, no filme interpretado por David Thewlis (nosso professor Lupin rsrs), provou o primeiro de muitos teoremas de singularidade; tais teoremas fornecem um conjunto de condições suficientes para a existência de uma singularidade no espaço-tempo. Este trabalho demonstra que, longe de serem curiosidades matemáticas que aparecem apenas em casos especiais, singularidades são uma característica genérica da relatividade geral.
Hawking também sugeriu que, após o Big Bang, miniburacos negros foram formados. Com Bardeen e Carter, ele propôs as quatro leis da mecânica do buraco negro, fazendo uma analogia com termodinâmica. Em 1974 calculou que buracos negros deveriam, termicamente, criar ou emitir partículas subatômicas, conhecidas como radiação Hawking, além disso, também demonstrou a possível existência de miniburacos negros. Hawking também participou dos primeiros desenvolvimentos da teoria da inflação cósmica no início da década 80 com outros físicos, teoria que tinha como proposta a solução dos principais problemas do modelo padrão do Big Bang.
Hawking escreveu diversos livros que ajudaram a divulgar complexas teorias cosmológicas em linguagem fácil para leigos. O primeiro foi "Uma Breve história do Tempo", escrito entre 1982 e 1984 e vendendo mais de 10 milhões de cópias. 
Resumindo, se você não entendeu:
O que o físico britânico de fato conseguiu promover foi uma unificação de efeitos relativísticos e quânticos para demonstrar que buracos negros não são totalmente negros – eles emitem doses módicas de radiação e com isso perdem energia. Com o passar do tempo, eles evaporam. Desaparecem. A previsão teórica da chamada radiação Hawking é o maior trunfo do cientista em sua carreira e é apresentada no filme.

Porém as ideologias e crenças a fundo sobre o trabalho de Hawking não é muito aprofundado no filme.
Como já disse anteriormente, u não vou entrar em muitos detalhes sobre o filme, apenas o que posso dizer é que, se você não assistiu, você não faz ideia do que está perdendo.


Um detalhe importante é como eles conseguiram transformar essa história real, baseada num livro que é mais narrado os acontecimentos do que diálogos e tudo mais, num filme incrivelmente tocante, intenso e profundo, narrando realmente a vida dos personagens.
Eu ainda não terminei de ler o livro, apesar de já tê-lo comprado há alguns meses antes do lançamento do filme, mas assim que terminar de ler faço minha análise quanto ao livro, talvez até um post de diferenças, entretanto eu acredito que tenha sido bastante fiel, pois Jane e Stephen estiveram presentes inclusive numa filmagem, Stephen também leu o roteiro antes de filmarem e autorizou que fosse feito o filme, deixando inclusive que sua voz motora "real" fosse inserida no filme nas cenas finais.



E mesmo com toda a dificuldade, Hawking continua vivo, sim, por incrível que pareça, quer dizer, os médicos lhe deram poucos anos de vida, e ele viveu por mais cinquenta anos, coisa que só Deus explica mesmo, enfim, Hawking, hoje com 73 anos, já não consegue controlar a cadeira de rodas elétrica, fato que aconteceu em 2009, então demais cientistas evitando que Hawking sofresse com a síndrome do encarceramento, se agruparam para criar avanços tecnológicos que permitissem traduzir os pensamentos ou expressões de Hawking em fala, a versão mais recente porém foi desenvolvida pela Intel, que rastreia o movimento dos olhos do cientista para gerar palavras.

Ver um homem assim, preso numa cadeira de rodas, sem movimento nenhum além dos olhos, sem poder falar, mas que continua perfeitamente pensando, me fez lembrar de "O retrato de Dorian Gray".





Esse filme/história é sem sombra de duvidas um verdadeiro exemplo de vida de ambos, tanto de Stephen quanto de Jane.

Segue abaixo o trailler, belíssimo.
Tenho certeza que você vai querer assistir



Se emocionou já? kkkkkk
Eu tenho vontade de chorar só de ver o trailer.

Abaixo o vídeo mostrando Hawking nas gravações do filme.





Espero que tenham gostado dessa dica, e se não assistiu o filme ainda, corra, pois em algumas cidades ainda está nos cinemas.





Um Comentário

  1. Esse filme é maravilhoso e eu concordo com você, somente um amor muito grande pra suportar tantas dificuldades, porque não é facil, só quem nunca passou por nada parecido que acha moleza enfrentar essas coisas, mas nao é
    você falou muito bem sobre o filme e a história de hawking
    bela critica
    vale muitissimo a pena ver esse filme, me emocionei demais

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